Os momentos marcantes das flores na Moda

Há pouco que represente tão bem as complexidades femininas. Desde a Idade Média, flores são usadas como retrato de mulheres, da literatura (bíblica inclusive) à arte pictórica. Suas cores, delicadeza, beleza, os espinhos, os frutos e a sensualidade do desabrochar… são inúmeras as metáforas. Na moda não é diferente. Afinal, o que é um jardim senão a promessa de continuidade entre mudanças sazonais? Flores e moda são hoje combinação comum. Porém, já foram essenciais para representar uma nova forma no vestir, responsáveis por devolver o glamour e a vida a uma indústria arrasada pela guerra, e até símbolo de liberação sexual.

Paixão em pétalas: presente de um de seus grandes amores, Boy Capel, a camélia se tornou obsessão de Coco Chanel, que passou a usar a flor em broches e adereços para o cabelo. Tornou-se objeto de desejo da alta-sociedade na virada do século 19 para o 20 e símbolo da maison, aparecendo em quase todas as coleções. Originalmente cultivada na China e no Japão e florescendo apenas uma vez ao ano, a camélia ainda serviu de inspiração para o romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, e para a ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi.

Ideias férteis: foi no jardim da casa dos pais, em Granville, no norte da França, que Christian Dior se apaixonou por elas. Espécie de laboratórios criativos, os jardins que manteve em diversas residências foram essenciais para suas criações. Definiram a moda na segunda metade do século 20, a partir do New Look, responsável por devolver ao guarda-roupa feminino glamour e alegria com formas declaradamente inspiradas em flores. Sua espécie favorita era a rosa, inúmeras vezes reproduzida em seus modelos de alta-costura. Outras linhas famosas são a Corolle, com suas saias em camadas, como se fossem pétalas, e a Tulipe, como o nome indica, inspirada nas formas das tulipas. Lírios-do-vale também aparecem bordados em barras e bainhas, em botões e até em frasco de perfume – o Diorissimo.

Nº5: até a segunda década do século 20, fragrâncias usada por mulheres se dividiam em duas categorias: as respeitáveis preferiam a essência pura de uma única flor do jardim; perfumes sexualmente provocantes, pesados, com óleo de animais ou essências de jasmim, eram comuns as do demi-monde, prostitutas ou cortesãs. Tendo revolucionado o guarda-roupa feminino daquela época, Coco Chanel decidiu que era o momento de revolucionar também os olfatos, lançando um novo perfume, em sintonia com o espírito libertário dos anos 1920. O resultado foi o Chanel Nº5, fragrância à base de rosa e jasmim, até hoje uma das mais famosas do mundo.

Simples & livre: a grande novidade foi a minissaia. Mas o logo da marca de Mary Quant, a responsável por popularizar a peça na Londres dos anos 1960, se tornou símbolo da revolução jovem e sexual que tomou conta do mundo naquela década. O desenho? Uma margarida em preto e branco, representando toda a simplicidade e nova feminilidade da moda daqueles tempos.

Fonte: http://harpersbazaar.uol.com.br

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